O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, mais uma vez demonstra sua desconexão com a realidade da população ao sugerir, de forma irônica e debochada, que os mineiros economizem na alimentação comendo banana com casca. Em um momento de crise econômica severa, com alimentos cada vez mais caros e famílias enfrentando dificuldades para garantir o básico à mesa, a atitude de Zema não só é desrespeitosa, como escancara o desprezo pela realidade do povo que governa.
A publicação, que rapidamente viralizou, mostra o governador mastigando uma banana inteira, com casca e tudo, e compartilhando a “dica” com seus seguidores. O que poderia ser um momento de humor se transforma em um escárnio contra a população, que sofre com a inflação descontrolada, a perda do poder de compra e a fome. Para quem tem dinheiro sobrando, como o governador e sua equipe, comer banana com casca pode ser piada. Para quem precisa contar os centavos no mercado, a piada não tem graça nenhuma.
O Governo Zema e a Falta de Políticas Contra a Fome
A alta dos alimentos não é um fenômeno isolado. Em Minas Gerais e no Brasil inteiro, a inflação dos produtos essenciais tem levado milhares de famílias ao desespero. O aumento dos preços de arroz, feijão, carne e hortifrúti faz com que muitos passem fome ou tenham que reduzir drasticamente a qualidade da alimentação. A solução para essa tragédia social deveria vir do governo, com políticas públicas eficientes para baratear os custos da comida, aumentar o poder de compra e garantir que ninguém passe necessidade.
No entanto, em vez de apresentar medidas concretas, Zema faz o que sabe melhor: fingir que o problema não existe ou culpar terceiros. Em seu mandato, não há programa efetivo de combate à fome. Pelo contrário, seu governo tem priorizado ajustes fiscais, corte de gastos sociais e uma política econômica que beneficia empresários e penaliza a população mais pobre.
Ironia e Desrespeito ao Povo
Comer banana com casca não resolve a fome. Sugerir isso de maneira indireta apenas reforça o abismo entre a elite política e o povo trabalhador. Essa não é a primeira vez que Zema se porta de maneira insensível. Suas declarações costumam minimizar as dificuldades enfrentadas pelos mineiros, como se a fome, o desemprego e a inflação fossem apenas questões de “esforço individual” e não um problema estrutural que precisa de ações governamentais urgentes.
É inadmissível que um governador aja dessa forma enquanto milhares de mineiros enfrentam dificuldades para se alimentar. O mínimo que se espera de um gestor público é respeito e compromisso com políticas eficazes para reduzir a miséria, e não um teatro de redes sociais que ridiculariza a situação de quem não tem o que comer.
Se Zema quer brincar com comida, que faça isso longe do Palácio Tiradentes. O povo mineiro precisa de ações concretas, não de piadas de mau gosto.
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